Bernardo Maganhoto da Silva é um menino lindo de três anos. Faz coisas normais como qualquer criança de sua idade: brinca de carrinho, de bola, conversa com seus heróis de brinquedo e possui muitos amiguinhos na creche. Mas o pequeno tem uma característica não tão comum assim: é bilíngue.
Junto com a língua portuguesa, Bernardo aprendeu a língua de sinais, que usa para se comunicar com o pai. Lincoln José da Silva Júnior, 24, por problemas genéticos, é surdo desde nascença. Os dois contam com o apoio mais do que especial da mãe e esposa Elisa Maria Maganhoto, 31, que hoje é professora bilíngue.
— Eu comecei a me interessar pela língua de sinais com uma aluna surda que tive em 2002. A partir daí fui aprendendo e só depois conheci o Lincoln — conta Elisa.
O menino Bernardo nasceu ouvinte, no meio das duas línguas. Aos poucos foi aprendendo a conviver com os sinais. Antes de o pequeno completar dois anos, a mãe fazia pós-graduação três noites por semana. Bernardo ficava sob os cuidados do pai. Foi um período de descobertas.
— Eu estava na cozinha e o Bernardo começou a me puxar pelo braço. Ele me levou até a porta, onde vi que havia uma pessoa me chamando. Eu me emocionei bastante, pois foi nesse dia que o Bernardo percebeu que tem um pai surdo — conta Lincoln, que trabalha como intérprete na rede estadual de ensino.
A partir daí, a aprendizagem de Bernardo só evoluiu. A mãe conta que todos os dias o filho fazia um sinal diferente. Hoje, na simplicidade de uma criança, ele consegue manter um diálogo com os deficientes auditivos.
A aprendizagem do Bernardo na língua de sinais foi natural. Ele percebeu a necessidade para se comunicar com o pai. A linguagem dele é bem familiar, mas quando ele fica com dúvida em algum sinal, sempre me pergunta — relata a mãe.
O menino Bernardo nasceu ouvinte, no meio das duas línguas. Aos poucos foi aprendendo a conviver com os sinais. Antes de o pequeno completar dois anos, a mãe fazia pós-graduação três noites por semana. Bernardo ficava sob os cuidados do pai. Foi um período de descobertas.
— Eu estava na cozinha e o Bernardo começou a me puxar pelo braço. Ele me levou até a porta, onde vi que havia uma pessoa me chamando. Eu me emocionei bastante, pois foi nesse dia que o Bernardo percebeu que tem um pai surdo — conta Lincoln, que trabalha como intérprete na rede estadual de ensino.
A partir daí, a aprendizagem de Bernardo só evoluiu. A mãe conta que todos os dias o filho fazia um sinal diferente. Hoje, na simplicidade de uma criança, ele consegue manter um diálogo com os deficientes auditivos.
A aprendizagem do Bernardo na língua de sinais foi natural. Ele percebeu a necessidade para se comunicar com o pai. A linguagem dele é bem familiar, mas quando ele fica com dúvida em algum sinal, sempre me pergunta — relata a mãe.
Intérprete há cerca de nove anos, Simone da Luz explica que qualquer criança pode desenvolver a habilidade de Bernardo, desde que incentivada, como fez Elisa.
Até os quatro anos, a aprendizagem é bem mais fácil. A maioria das crianças que usa a língua de sinais são porque possuem algum caso de surdez na família ou entre o círculo de amigos. Mas qualquer uma pode aprender.
Até os quatro anos, a aprendizagem é bem mais fácil. A maioria das crianças que usa a língua de sinais são porque possuem algum caso de surdez na família ou entre o círculo de amigos. Mas qualquer uma pode aprender.
Em 2002, a língua de sinais foi reconhecida como oficial no Brasil, por meio de decreto presidencial. Desde então, a língua está cada vez mais conhecida. Mesmo assim, Simone afirma que o número de intérpretes ainda é pequeno na região, e não só nas escolas. Muitas empresas de prestação de serviço também sofrem com a deficiência.
Hoje ele está com 3 anos |
Fonte: JORNAL DE SANTA CATARINA
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